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TEA e o BDSM


Lu****

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A saúde mental, no Brasil, sempre foi algo muito distante da maioria da população de baixa renda porque, antigamente, só pessoas ricas tinham acesso a consultas e tratamentos em saúde mental mas, hoje em dia, é uma situação bem mais acessível a maioria de nós, pelos planos de saúde no trabalho e/ou coletivos e, com isso, pode-se observar diagnósticos tardios em TEA (adultos) e alguns destes são, também, praticantes de BDSM.

Gostaria de saber destes praticantes TEA que têm perfil aqui no app, como o BDSM se encaixa na rotina de vocês, como lidam com a imprevisibilidade de algumas práticas, o que funcionou e o que não funcionou pra vocês, tanto para o caso de bottons como para o caso de Top's.
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Olá! Como alguém que só se descobriu TEA há menos de dois anos, tem sido uma longa e constante reavaliação de tudo o que pratiquei ao longo dos anos (bem menos do que gostaria, confesso). Acredito que dois fatores sejam de suma importância para mim, quando o assunto é BDSM e TEA: primeiramente, o fato de, via de regra, relações D/s por vezes estabelecerem regras bem claras, com  metas objetivas, o que ajuda muuuuuito com a minha rigidez cognitiva. Eu não preciso "ler nas entrelinhas" o que esperam de mim: isso é dito de forma clara, objetiva, e tal cenário traz um grande alívio. Em segundo lugar, a questão da confiança, da construção de pontes, da aceitação: quando se há uma relação D/s (ou ainda, uma amizade onde o assunto BDSM não é tabu) nos sentimos à vontade de para expor nossas limitações, sem medo de julgamentos, bem como podemos exercer a "maleabilidade" da nossa rigidez cognitiva ao tentar entender os desejos e fetiches dos outros. Em suma, tem sido libertador. :)

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Acredito que o meu diagnóstico e as minhas kinks sempre andaram juntas, sempre fui um dominante coeso e objetivo. Mas confesso que tenho dificuldade na interpretação da safeword, muitos bottons pediam pra eu parar. E eu parava, mas não chegavam a usar a safe. Eu sou muito literal. E a maioria das pessoas não compreendem isso.
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