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TEA e o BDSM


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A saúde mental, no Brasil, sempre foi algo muito distante da maioria da população de baixa renda porque, antigamente, só pessoas ricas tinham acesso a consultas e tratamentos em saúde mental mas, hoje em dia, é uma situação bem mais acessível a maioria de nós, pelos planos de saúde no trabalho e/ou coletivos e, com isso, pode-se observar diagnósticos tardios em TEA (adultos) e alguns destes são, também, praticantes de BDSM.

Gostaria de saber destes praticantes TEA que têm perfil aqui no app, como o BDSM se encaixa na rotina de vocês, como lidam com a imprevisibilidade de algumas práticas, o que funcionou e o que não funcionou pra vocês, tanto para o caso de bottons como para o caso de Top's.
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Olá! Como alguém que só se descobriu TEA há menos de dois anos, tem sido uma longa e constante reavaliação de tudo o que pratiquei ao longo dos anos (bem menos do que gostaria, confesso). Acredito que dois fatores sejam de suma importância para mim, quando o assunto é BDSM e TEA: primeiramente, o fato de, via de regra, relações D/s por vezes estabelecerem regras bem claras, com  metas objetivas, o que ajuda muuuuuito com a minha rigidez cognitiva. Eu não preciso "ler nas entrelinhas" o que esperam de mim: isso é dito de forma clara, objetiva, e tal cenário traz um grande alívio. Em segundo lugar, a questão da confiança, da construção de pontes, da aceitação: quando se há uma relação D/s (ou ainda, uma amizade onde o assunto BDSM não é tabu) nos sentimos à vontade de para expor nossas limitações, sem medo de julgamentos, bem como podemos exercer a "maleabilidade" da nossa rigidez cognitiva ao tentar entender os desejos e fetiches dos outros. Em suma, tem sido libertador. :)

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Acredito que o meu diagnóstico e as minhas kinks sempre andaram juntas, sempre fui um dominante coeso e objetivo. Mas confesso que tenho dificuldade na interpretação da safeword, muitos bottons pediam pra eu parar. E eu parava, mas não chegavam a usar a safe. Eu sou muito literal. E a maioria das pessoas não compreendem isso.
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Conheci alguns que tem essa enfermidade no meio, não é incomum, se o jogo for soft não há problema mas SM hard não é bom possuir escravas assim.
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On 24/12/2024 at 10:14, Lv20AuthisticNerd said:

Olá! Como alguém que só se descobriu TEA há menos de dois anos, tem sido uma longa e constante reavaliação de tudo o que pratiquei ao longo dos anos (bem menos do que gostaria, confesso). Acredito que dois fatores sejam de suma importância para mim, quando o assunto é BDSM e TEA: primeiramente, o fato de, via de regra, relações D/s por vezes estabelecerem regras bem claras, com  metas objetivas, o que ajuda muuuuuito com a minha rigidez cognitiva. Eu não preciso "ler nas entrelinhas" o que esperam de mim: isso é dito de forma clara, objetiva, e tal cenário traz um grande alívio. Em segundo lugar, a questão da confiança, da construção de pontes, da aceitação: quando se há uma relação D/s (ou ainda, uma amizade onde o assunto BDSM não é tabu) nos sentimos à vontade de para expor nossas limitações, sem medo de julgamentos, bem como podemos exercer a "maleabilidade" da nossa rigidez cognitiva ao tentar entender os desejos e fetiches dos outros. Em suma, tem sido libertador. :)

Bom dia! Obrigada pelo seu relato! Tudo que seja novidade inicialmente assusta mesmo, mas vejo acho que, justamente como você pontuou, a aceitação faz toda a diferença. Obrigada mesmo!

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On 24/12/2024 at 11:07, Phschlegel said:

Acredito que o meu diagnóstico e as minhas kinks sempre andaram juntas, sempre fui um dominante coeso e objetivo. Mas confesso que tenho dificuldade na interpretação da safeword, muitos bottons pediam pra eu parar. E eu parava, mas não chegavam a usar a safe. Eu sou muito literal. E a maioria das pessoas não compreendem isso.

Será que, se você conversar e explicar melhor essa questão da sua compreensão literal melhora? Porque, no contexto sexual, o "pedir para parar" nem sempre significa interromper o que está sendo feito, às vezes é só charme rs.

 

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On 25/12/2024 at 11:18, Athosmenez said:

Conheci alguns que tem essa enfermidade no meio, não é incomum, se o jogo for soft não há problema mas SM hard não é bom possuir escravas assim.

Bom dia! Enfermidade significa doença e o autismo não é uma doença, né! Mas a questão do tipo de jogo é algo que dependeria do nível em que a pessoa se encontra e, ou, em caso de níveis transitórios, uma boa conversa deve ajudar a compreender o melhor momento para uma play.

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6 hours ago, LunaNoctemQueen said:

Bom dia! Enfermidade significa doença e o autismo não é uma doença, né! Mas a questão do tipo de jogo é algo que dependeria do nível em que a pessoa se encontra e, ou, em caso de níveis transitórios, uma boa conversa deve ajudar a compreender o melhor momento para uma play.

Para o pessoal mais kink que é mais tranquilo não há problema ter alguém assim, mas no caso do SM exige um outro nível de força mental e entendimento ou auto conhecimento.
No caso do Sádico então devemos evitar pois facilmente pode ser alegado que são "vulneráveis" devido a condição psíquica.
Não indico não

Senhor_Bode
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Thursday at 15:55, Athosmenez said:

Para o pessoal mais kink que é mais tranquilo não há problema ter alguém assim, mas no caso do SM exige um outro nível de força mental e entendimento ou auto conhecimento.
No caso do Sádico então devemos evitar pois facilmente pode ser alegado que são "vulneráveis" devido a condição psíquica.
Não indico não

Estou fechando uma negociação D/s e SM com uma pessoa TEA, e te digo que ela não tem nada de vulnerável, e não é uma condição psíquica.
Pessoas TEA podem ter algumas sensibilidades físicas ou psicológicas (como todas as pessoas), mas isso é relativo a cada um
Minha parceira tem sensibilidade a toques leves, então uma sessão mais hard é perfeita pra ela

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18 minutes ago, Senhor_Bode said:

Estou fechando uma negociação D/s e SM com uma pessoa TEA, e te digo que ela não tem nada de vulnerável, e não é uma condição psíquica.
Pessoas TEA podem ter algumas sensibilidades físicas ou psicológicas (como todas as pessoas), mas isso é relativo a cada um
Minha parceira tem sensibilidade a toques leves, então uma sessão mais hard é perfeita pra ela

Quem avisa amigo é hein ?!
Já tivemos experiência com isso na comunidade em relação a Ds de SM e o cara não ficou em bons lençóis, eu indicaria uma pessoa sem síndromes saudável no intelecto emocional.
Mas...! Desejo toda sorte do mundo para sua caminhada

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Eu descobri ser TEA lv 2 ano passado,e jah notei que infelizmente mts no meio BSDM tem preconceito e aversão aos TEA -.-
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