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NEGOCIAÇÃO E CONTRATO NO BDSM


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discorra... se puder cite experiências
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Negociação é muito importante, e se não houver uma negociação, o bdsm deixa de ser consensual .
Agora, contrato não tem valor jurídico nenhum, só serve pra fantasiar,o que vale é a sinceridade , a transparência e o respeito.
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Eu não negocio o contrato é unilateral, mas a anos tenho contrato com todas as minhas escravas, inclusive atualizo de 2 em 2 anos.
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E logicamente o mais importante o contrato de "Direito de imagem e voz" esse é extremamente necessário.
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Olá, Mayn. Interessante a forma como coloca seu questionamento no tópico, pois deixa em aberto a forma de participação dos kinksters de plantão. Tentarei não ser prolixa.

A negociação deve ser prévia à relação BDSM e delimitar parâmetros para a segurança da pessoa que irá se submeter, pois é pensando na submissa que ela existe. Parâmetros que eu julgo necessários, mas não necessariamente sejam obrigatórios a todas as negociações:

1. Tempo: ambos buscam uma relação de longo termo, portanto, duradoura? Querem apenas estarem juntos até conseguirem realizarem alguma prática, fetiche, ou fantasia? Ou desejam apenas serem play partners eventuais?

2. Formato: ambos desejam uma relação de entrega total (TPE - Total Power Exchange), ou uma entrega parcial é o suficiente para realização dos interesses dos envolvidos (EPE - Erotic Power Exchange)?

3. Protocolo: quais parâmetros o Top deverá adotar visando a segurança do bottom, de modo a exercer seu poder sem se exceder e comprometer a integridade física e mental de quem a si esteja submetido? SSC (São, Seguro e Consensual)? RACK (Prática Não Convencional Consensual Ciente de Riscos)? Algum outro protocolo?

4. Limites: definidos tempo, formato e protocolo, os limites devem ser estabelecidos. Limites referem-se à práticas e dividem-se comumente em Rígidos (não podem ser ultrapassados pelo TOP), e Flexíveis ( inicialmente não devem ser ultrapassados, mas com o tempo, dentro de determinadas circunstâncias, podem ser). Embora normalmente se inicie uma negociação pelos limites, do ponto de vista lógico, faz mais sentido falar de limites nessa ordem cronológica. É na negociação de limites que se estipulam as práticas que se desejam realizar, experimentar, vivenciar, de modo mais claro e consciente.

5. Deveres e obrigações dos envolvidos na relação: de conteúdo livre, nessa fase é definida a etiqueta interna à relação (como agir e comportarem-se Top e bottom em situações de sessão, encontros, juntos, separados, em comunicação virtual, telefônica, etc) , bem como a externa (a forma de interação com outras pessoas, normalmente ligadas ao meio BDSM). Esse é momento o momento que julgo mais adequado para, se desejarem, os envolvidos na relação estipular um contrato, seja verbal ou escrito. Esse contrato somente terá validade entre eles e em oposição a outras pessoas que queiram intervir sem permissão na relação de ambos, não possuindo validade legal alguma, embora possa servir de prova de boa-fé no mundo jurídico, o que é passível de questionamentos e não eto objetivo aqui.

Questões práticas:
A) pode fazer sessões antes disso tudo? Pode. Estamos falando de prazer e liberdade, embora, paradoxalmente, estes se dêem por meio de uma entrega voluntária de poder a outra pessoa, portanto, devemos ser livres para experimentar. Cada um deve decidir o que deve ou não fazer, o BDSM é um jogo de adultos, logo, cada um arca com as consequências de suas escolhas.

B) É certo conhecer várias pessoas antes de decidir a quem servir? Errado não é, mas, iniciada uma negociação com alguém, a etiqueta do meio BDSM aponta para que se abstenha de iniciar outra negociação com outra pessoa.

C) Pedir referências sobre a pessoa com quem se negocia é válido? Nem sempre. A quem pedir referências? Quem garante que a referência não foi aliciada para passar uma imagem positiva? Se for uma solicitação virtual (redes sociais e afins), quem garante que a reputação de alguém não está sendo manchada ou inflada propositalmente? É necessário estabelecer conexões genuínas com pessoas de confiança, pois uma amizade verdadeira pode poupar a todos de riscos desnecessários.

Espero ter colaborado minimamente para esclarecer suas dúvidas.
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2 hours ago, KatrinaDevill said:
Olá, Mayn. Interessante a forma como coloca seu questionamento no tópico, pois deixa em aberto a forma de participação dos kinksters de plantão. Tentarei não ser prolixa.

A negociação deve ser prévia à relação BDSM e delimitar parâmetros para a segurança da pessoa que irá se submeter, pois é pensando na submissa que ela existe. Parâmetros que eu julgo necessários, mas não necessariamente sejam obrigatórios a todas as negociações:

1. Tempo: ambos buscam uma relação de longo termo, portanto, duradoura? Querem apenas estarem juntos até conseguirem realizarem alguma prática, fetiche, ou fantasia? Ou desejam apenas serem play partners eventuais?

2. Formato: ambos desejam uma relação de entrega total (TPE - Total Power Exchange), ou uma entrega parcial é o suficiente para realização dos interesses dos envolvidos (EPE - Erotic Power Exchange)?

3. Protocolo: quais parâmetros o Top deverá adotar visando a segurança do bottom, de modo a exercer seu poder sem se exceder e comprometer a integridade física e mental de quem a si esteja submetido? SSC (São, Seguro e Consensual)? RACK (Prática Não Convencional Consensual Ciente de Riscos)? Algum outro protocolo?

4. Limites: definidos tempo, formato e protocolo, os limites devem ser estabelecidos. Limites referem-se à práticas e dividem-se comumente em Rígidos (não podem ser ultrapassados pelo TOP), e Flexíveis ( inicialmente não devem ser ultrapassados, mas com o tempo, dentro de determinadas circunstâncias, podem ser). Embora normalmente se inicie uma negociação pelos limites, do ponto de vista lógico, faz mais sentido falar de limites nessa ordem cronológica. É na negociação de limites que se estipulam as práticas que se desejam realizar, experimentar, vivenciar, de modo mais claro e consciente.

5. Deveres e obrigações dos envolvidos na relação: de conteúdo livre, nessa fase é definida a etiqueta interna à relação (como agir e comportarem-se Top e bottom em situações de sessão, encontros, juntos, separados, em comunicação virtual, telefônica, etc) , bem como a externa (a forma de interação com outras pessoas, normalmente ligadas ao meio BDSM). Esse é momento o momento que julgo mais adequado para, se desejarem, os envolvidos na relação estipular um contrato, seja verbal ou escrito. Esse contrato somente terá validade entre eles e em oposição a outras pessoas que queiram intervir sem permissão na relação de ambos, não possuindo validade legal alguma, embora possa servir de prova de boa-fé no mundo jurídico, o que é passível de questionamentos e não eto objetivo aqui.

Questões práticas:
A) pode fazer sessões antes disso tudo? Pode. Estamos falando de prazer e liberdade, embora, paradoxalmente, estes se dêem por meio de uma entrega voluntária de poder a outra pessoa, portanto, devemos ser livres para experimentar. Cada um deve decidir o que deve ou não fazer, o BDSM é um jogo de adultos, logo, cada um arca com as consequências de suas escolhas.

B) É certo conhecer várias pessoas antes de decidir a quem servir? Errado não é, mas, iniciada uma negociação com alguém, a etiqueta do meio BDSM aponta para que se abstenha de iniciar outra negociação com outra pessoa.

C) Pedir referências sobre a pessoa com quem se negocia é válido? Nem sempre. A quem pedir referências? Quem garante que a referência não foi aliciada para passar uma imagem positiva? Se for uma solicitação virtual (redes sociais e afins), quem garante que a reputação de alguém não está sendo manchada ou inflada propositalmente? É necessário estabelecer conexões genuínas com pessoas de confiança, pois uma amizade verdadeira pode poupar a todos de riscos desnecessários.

Espero ter colaborado minimamente para esclarecer suas dúvidas.

Muito bem colocado! Obrigada ❤️

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Monday at 12:01, Athosmenez said:
E logicamente o mais importante o contrato de "Direito de imagem e voz" esse é extremamente necessário.

Uso e posse de imagens e gravação de voz, sempre bem esclarecido e documentado. Estratégias de usar somente o que foi publicado. Crie um perfil e compartilhe com quem merece ter acesso, não quer mais, remove ou bloqueia. Antes de mais nada é a sua vida, sua imagem, sua voz, tenha respeito e dê respeito.

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3 hours ago, SrMacedo said:

Uso e posse de imagens e gravação de voz, sempre bem esclarecido e documentado. Estratégias de usar somente o que foi publicado. Crie um perfil e compartilhe com quem merece ter acesso, não quer mais, remove ou bloqueia. Antes de mais nada é a sua vida, sua imagem, sua voz, tenha respeito e dê respeito.

E acima de tudo "segurança juridica"

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