Deleted Member Posted September 2, 2023 Posted September 2, 2023 Vamos falar sobre SAFEWORD??? Safeword” – Palavra de segurança, previamente combinada entre as partes envolvidas numa atividade BDSM, para indicar que se atingiu determinado tipo de limite, fĂsico ou psicolĂłgico, ou que alguma coisa nĂŁo está bem, como por exemplo cĂŁibras, tonturas, dificuldade na respiração, etc., ou simplesmente que nĂŁo se está a ter prazer e se quer parar. Esta palavra Ă© geralmente usada pelo “bottom”, mas pode igualmente ser usada pelo “Top”. O uso da “safeword” nĂŁo Ă© sinal de fraqueza e deve ser usada e respeitada, sem qualquer tipo de julgamento ou ressentimento. As “safewords” sĂŁo, como Ă© Ăłbvio, de escolha pessoal e devem ser fáceis de memorizar e ser sempre relembradas antes de iniciar qualquer atividade. No fundo sĂŁo uma forma simples e fácil de comunicar. Para evitar confusões, desentendimentos ou atrapalhações nĂŁo devem ser escolhidas “safewords” diferentes cada vez que se faz uma sessĂŁo ou se muda de parceiro. Palavras ou expressões, como “pára” ou “nĂŁo”, passĂveis de “escaparem” inadvertidamente durante uma sessĂŁo BDSM, ou muitas vezes usadas em “jogos” de resistĂŞncia (“resistance play”), onde essas expressões nĂŁo significam parar, nĂŁo devem ser utilizadas. A safeword reconhecida universalmente Ă© “Safeword”. Há quem prefira usar um sistema de “safewords” mais completo, como “Vermelho”, “Amarelo” e “Verde”, para sinalizar parar, abrandar (chamar a atenção para algo que esteja a incomodar, como uma corda, ou mudar o local da estimulação) e avançar (ou aumentar a intensidade), respectivamente. O fato de existirem “safewords” nĂŁo significa uma delegação da responsabilidade no “bottom” e tem de existir uma atenção permanente por parte do “Top” aos sinais que possam denunciar que alguma coisa nĂŁo está bem, como a respiração, contrações musculares, etc. Certas práticas, fĂsica e/ou psicologicamente mais intensas, podem conduzir a um estado de ĂŞxtase – “subspace”, em que o indivĂduo perde a sensibilidade Ă dor e em certa medida a consciĂŞncia, devido Ă produção excessiva de endorfinas. Nestes casos, nĂŁo existe normalmente a coerĂŞncia necessária para proferir a “safeword”, aumentando o risco de eventuais danos. A monitorização constante do comportamento do “bottom” durante uma sessĂŁo mais intensa Ă© fundamental para que se possa identificar a situação e parar imediatamente. Em determinadas situações em que nĂŁo Ă© possĂvel falar, como o uso de mordaças, máscaras ou outros objetos de inserção oral, a “safeword” deverá ser substituĂda por um sinal ou gesto de segurança – “safesign”, como levantar uma mĂŁo, agitar a cabeça, ou deixar cair um objecto da mĂŁo, por exemplo. As “safewords” e “safesigns” podem gerar um sentimento de segurança e consensualidade, mas de nada servem ao “bottom”, particularmente se estes estiverem total ou parcialmente imobilizados, na presença de um “top” que nĂŁo seja Ăntegro, sĂ©rio e respeitador. O nĂŁo respeitar uma “safeword” Ă© sinĂ´nimo de quebrar a Consensualidade, deixando de ser BDSM para passar a ser abuso/violĂŞncia, ou seja, crime punĂvel por lei.
At**** Posted September 4, 2023 Posted September 4, 2023 Bom Ă© um tema bem primário, coisa de quem ainda está preso a S.S.C eu deixei de usar esse tipo de nĂvel de jogo em 2018, no caso no meu nĂvel de jogo Ă© das minhas meninas simplesmente nĂŁo faz sentido nenhum isso. Mas super entendo que nesse patamar a galera precise disso.
Po**** Posted September 4, 2023 Posted September 4, 2023 Acho importante limites serem definidos previamente e confesso que como experimentalista as vezes quero ir testando meu limite e em muitos momentos fui inconsequente. Ainda bem que o Dom que estava comigo nas situações soube fazer a leitura hahaha só teve um momento em que ele pesou a mão no enforcamento e por um fio não perdi a consciência mas consegui fazer o sinal. Não cheguei a fazer uso de safeword apesar de orientada com muita incisão por parte do Dom, agora safesign eu gosto de dar dois tapas leves no braço ou onde eu alcançar (assim como um matte, do judô) e sempre foi respeitado de forma imediata
Gu**** Posted September 5, 2023 Posted September 5, 2023 Como ESCRAVO no BDSM, minha função na dinâmica de dominação Ă© me submeter Ă s vontades e desejos da minha Domme, me entregando como sua propriedade. Estou disposto a cumprir todas as tarefas e ações exigidas, independentemente dos meus sentimentos pessoais, sem questionar ou hesitar. Na verdade, tenho um forte desejo de ser propriedade de uma Domme, reconhecendo sua autoridade e poder sobre mim como algo intrĂnseco ao nosso relacionamento. _ Em minha prática submissa, nĂŁo recorro habitualmente Ă aplicação de palavra de segurança (safe word). Entretanto, Ă© importante destacar que tal atitude pode restringir a troca de diálogo e o alcance de limites em um relacionamento de dominação. Em vista disso, Ă© imprescindĂvel que a dominadora assuma plena responsabilidade pelas ações desenvolvidas, tendo em vista a ausĂŞncia de negociação e limitações no âmbito da relação de poder. Afinal, a segurança e o bem-estar do escravo devem ser priorizados em qualquer contexto dominante. _ AlĂ©m disso, discordo dos conceitos de "Safe Words" mais abrangentes, como "abrandar" e "avançar", pois acredito que eles diminuem a autoridade da parte dominante. Nesses casos, Ă© a parte submissa que determina o ritmo e a intensidade do jogo, o que pode comprometer a dinâmica e a essĂŞncia da relação BDSM. _ Seguindo o raciocĂnio, Ă© possĂvel experimentar prazer mesmo sem a presença de estĂmulos fĂsicos evidentes. Por exemplo, em uma inversĂŁo de papĂ©is, o submisso pode sentir prazer mesmo com o pĂŞnis flácido. Cabe ao dominante interpretar se Ă© o momento de interromper ou continuar. _ Na dinâmica BDSM, alguns dominadores apreciam práticas que causam desconforto ou atĂ© mesmo repulsa na parte submissa. Nesses casos, Ă© fundamental que o desconforto e os limites sejam cuidadosamente analisados pelo dominante, que ocupa uma posição hierárquica superior. _ E como mencionado anteriormente, o SSC (SĂŁo, Seguro e Consensual) Ă© um conceito primordial no contexto das negociações e opções relacionadas. AlĂ©m disso, existem outras abordagens como o RACK (Tara/fetiche Consensual com ConsciĂŞncia dos Riscos), o PRICK (Tara/fetiche com Consentimento Informado e Responsabilidade Pessoal) e o CNC (NĂŁo Consentimento Consensual).
Po**** Posted September 5, 2023 Posted September 5, 2023 11 minutes ago, Guilherme_Pontes said: Como ESCRAVO no BDSM, minha função na dinâmica de dominação Ă© me submeter Ă s vontades e desejos da minha Domme, me entregando como sua propriedade. Estou disposto a cumprir todas as tarefas e ações exigidas, independentemente dos meus sentimentos pessoais, sem questionar ou hesitar. Na verdade, tenho um forte desejo de ser propriedade de uma Domme, reconhecendo sua autoridade e poder sobre mim como algo intrĂnseco ao nosso relacionamento. _ Em minha prática submissa, nĂŁo recorro habitualmente Ă aplicação de palavra de segurança (safe word). Entretanto, Ă© importante destacar que tal atitude pode restringir a troca de diálogo e o alcance de limites em um relacionamento de dominação. Em vista disso, Ă© imprescindĂvel que a dominadora assuma plena responsabilidade pelas ações desenvolvidas, tendo em vista a ausĂŞncia de negociação e limitações no âmbito da relação de poder. Afinal, a segurança e o bem-estar do escravo devem ser priorizados em qualquer contexto dominante. _ AlĂ©m disso, discordo dos conceitos de "Safe Words" mais abrangentes, como "abrandar" e "avançar", pois acredito que eles diminuem a autoridade da parte dominante. Nesses casos, Ă© a parte submissa que determina o ritmo e a intensidade do jogo, o que pode comprometer a dinâmica e a essĂŞncia da relação BDSM. _ Seguindo o raciocĂnio, Ă© possĂvel experimentar prazer mesmo sem a presença de estĂmulos fĂsicos evidentes. Por exemplo, em uma inversĂŁo de papĂ©is, o submisso pode sentir prazer mesmo com o pĂŞnis flácido. Cabe ao dominante interpretar se Ă© o momento de interromper ou continuar. _ Na dinâmica BDSM, alguns dominadores apreciam práticas que causam desconforto ou atĂ© mesmo repulsa na parte submissa. Nesses casos, Ă© fundamental que o desconforto e os limites sejam cuidadosamente analisados pelo dominante, que ocupa uma posição hierárquica superior. _ E como mencionado anteriormente, o SSC (SĂŁo, Seguro e Consensual) Ă© um conceito primordial no contexto das negociações e opções relacionadas. AlĂ©m disso, existem outras abordagens como o RACK (Tara/fetiche Consensual com ConsciĂŞncia dos Riscos), o PRICK (Tara/fetiche com Consentimento Informado e Responsabilidade Pessoal) e o CNC (NĂŁo Consentimento Consensual). Um ponto que vocĂŞ colocou eu nĂŁo tinha reparado, a questĂŁo das safe words mais abrangentes. Eu nĂŁo fiz uso mas meu dom disse que eu poderia fazer uso do sistema mais completo citado no tĂłpico, pois era nossa primeira seção e ele queria entender meus limites para dor. Supondo que depois de um tempo com ele, fazer uso desse sistema realmente tiraria a autoridade, cabe ao Dom decidir se usará mais ou menos intensidade (sempre dentro do que foi combinado anteriormente). Desculpa mas ficar falando "verde ou vai" seria meio desnecessário rs os demais acho mais ok mas ainda sim eu nĂŁo faria o uso para nĂŁo quebrar a hierarquia, prefiro optar por uma Ăşnica palavra de segurança para casos em que alcancei meu limite
Ka**** Posted September 16, 2023 Posted September 16, 2023 Safewords fazem todo sentido dentro do protocolo SSC, mas vĂŁo perdendo a razĂŁo de ser Ă medida em que se avança para outros protocolos e, paralelo a isso, adquirem-se conhecimento e experiĂŞncia suficientes para uma interação com menos limites e barreiras, especialmente aqueles gerados pelo medo do desconhecido. Com isso quero dizer que quem pratica com base no SSC Ă© menos evoluĂdo que aquele para qual o BDSM deve ser pautado pelo PRICK? NĂŁo. A extensĂŁo de nossa busca Ă© medida pelo tamanho de nossa curiosidade. Nesse contexto, safewords sĂŁo essenciais para quem está iniciando e quem deseja permanecer sob a Ă©gide do SEC, mas deixam de fazer sentido quando se avança para outros protocolos ou se conhece melhor os parceiros de play.
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